Crónica do Salgueiral desportivo
O empate seria o
resultado mais justo mas em futebol a justiça chama-se
“golos”
S. FAUSTINO – ATLÉTICO
3-2
2ª Divisão-19ª
Jornada
Campo: S.
Faustino
Árbitro: José Bastos
Árbitros Assistentes:
Carlos Pereira e
Eduardo Alves
S.FAUSTINO:
Tiago; Vítor, Diogo,
Paulo e Pedro II; Nelson, Gabriel (C. Dias 82) e Pinto(Leandro 60); Zé (Carlos 78), Rui
(Cristiano 68) e Paulo
SUPLENTES NÃO UTILIZADOS: Martinho; Flávio, Pedro III.
GOLOS: Simão(15), Paulo(30), Cristiano(90)
AMARELOS: Vítor(65)
Já com a situação
definida em termos de classificação, o S. Faustino, com o acesso garantido à 1ª
Divisão e os visitantes apostados em terminar o campeonato da melhor maneira, já
a pensar na próxima época, estavam reunidos os pressupostos para uma boa partida
de futebol, que se veio a confirmar.
O jogo teve duas
partes distintas em termos da qualidade do futebol jogado, posse de bola e
objetividade. A equipa da casa entrou melhor, embora não conseguisse um domínio
constante, foi sempre mais eficaz na condução do jogo, na recuperação da bola e
na concretização das jogadas de ataque. Marcou dois golos na primeira meia hora,
em duas jogadas de contra ataque beneficiando da apatia do seu adversário nesse
período. Os homens de S. Salvador de Souto demoraram uma eternidade a
encaixar-se no jogo do seu anfitrião e, curiosamente, tendo um treinador
Italiano, que são considerados peritos na arte de bem defender, foi o sector
defensivo que mais vacilou e com responsabilidade nos golos sofridos. Se calhar
não estavam à espera de, em tão pouco tempo, ficarem com essa desvantagem,
reagiram e equilibraram o jogo, mas não conseguiram marcar e foram para o
intervalo com esse amargo de boca. Para o segundo período, o conjunto do
italiano Gilberto Nicolini apareceu transfigurado, optou pelo jogo rápido, pelas
alas e empurrou de forma clara a equipa do Emídio Ribeiro para dentro da sua
área. Foi de facto uma avalanche de futebol de ataque, que culminou com dois
golos que deram a volta ao resultado, mas que ficou na retina, de forma vincada,
a propensão dos avançados do Atlético para falharem nos momentos decisivos. É do
livros que o futebol é por vezes injusto, também è verdade que não merecia ter
sofrido o golo, que lhes ditou a derrota, já em período de descontos. Podem se
queixar da sorte em alguns períodos do jogo, mas também è verdade que têm que
assumir a sua incapacidade de transformar em golos as oportunidades criadas e
ainda a falta de concentração nos golos sofridos. Reclamaram fora de jogo no
terceiro golo do S. Faustino, mas sem razão, porque eles é que não foram
suficientemente lestos a atacar a bola, consentindo que o Leandro a dominasse,
fosse á linha e o defesa direito, outro erro, na viu nas costas o Cristiano que
só teve que encostar o pé para fazer o golo. Se o futebol fosse justo, o empate
seria o resultado ideal, mas a vitória do S. Faustino, embora com alguma dose de
sorte, premeia a equipa que cometeu menos erros. A equipa de arbitragem foi
injustamente contestada, porque tentou sempre resolver os problemas, sem
recorrer a ação disciplinar e no golo que ditou a vitória da equipa da casa
esteve bem, porque a bola foi centrada junto da linha de cabeceira.
Sem comentários:
Enviar um comentário